quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Tradições Wiccanas:

As poucas regras existentes na Wicca têm um caráter essencialmente funcional e são vistas não como mandamentos de qualquer divindade ou profeta iluminado, mas como simples normas de relacionamento entre pessoas que partilham interesses comuns. São apenas alguns princípios genéricos ligados a valores ecológicos e individuais de largo consenso e à liberdade de expressão da religiosidade como é sentida e recriada por cada um. O seu espírito está bem patente na regra básica "Faz o que quiseres desde que não faças mal", a única regra que todos os membros da Wicca procuram seguir. Na Wicca, chama-se de Tradições as diversas denominações dadas às varições de culto, crença ou prática.

Tradição Gardneriana: A Wicca Gardneriana é uma Tradição/Religião de Mistérios que é voltada para o desenvolvimento interior de cada um. É um caminho sacerdotal e iniciático. É uma Tradição que não aceita ou reconhece auto-iniciações.
  • Essa Tradição é passada oralmente, incluindo suas leis, procedimentos e fundamentos, culminando em ritos. Dizem servir aos Deuses por meio das antigas práticas, sendo guiados por ancestrais. Dizem ter um caminho religioso calcado na honra à Deusa e seu Divino Consorte, o Deus, exercendo o Sacerdócio dos Antigos de acordo com a tradição de ancestralidade de seu Clã.

Tradição Alexandrina: É uma tradição wiccana fundada por Alex Sanders com sua esposa Maxine Snaders que surgiu nas proximidades da Inglaterra em 1960. É bastante parecido com a tradição Gardneriana. Os rituais são, geralmente, formais..

Tradição Diânica do Brasil(TDB): É uma Tradição Wicanniana fundada no Esbat de Janeiro de 2002, tendo raízes no dianismo norte-americano, adequando-a a formas desenvolvidas no Brasil. Nessa Tradição é dada primazia à Deusa, vista como a Criadora de Tudo e imanente à Sua criação. A Deidade é entendida com sendo tudo, espírito e matéria não sendo separados, mas complementares e sagrados da mesma maneira.

  • O Deus de Chifres é invocado e celebrado em todos os rituais da TDB, onde tem lugar de honra ao lado da Deusa como Seu Filho amado e Consorte, o Condutor da Dança Espiral do Êxtase. As Sacerdotisas são líderes naturais dos grupos dessa Tradição tendo como co-líderes os Sacerdotes, se assim a Sacerdotisa líder desejar.

  • Ambos, mulheres e homens podem ser Iniciadores e as iniciações se dão entre pessoas do mesmo sexo bem como entre pessoas de sexos diferentes, após o período de Dedicação. Todo Iniciado é uma Sacerdotisa ou Sacerdote autônomos dos Deuses Antigos.
  • Não são usados termos como Alta-Sacerdotisa ou Alto-Sacerdote, os Iniciadores são chamados de "Elders" (anciões). Os Elderes são Iniciados com anos de experiência e prática, além da investidura formal da Tradição para dedicar e iniciar outras pessoas. Quando uma Elder lidera um Coven, ela passa a ser chamado Iniciadora.

Tradição Diânica Nemorensis: É um caminho de Wicca genuinamente brasileiro, fundada por Claudiney Priettoapós anos de vivênica e prática da Religião da Deusa no Brasil. O Dianismo inclui diversas vertentes do Paganismo e é caracterizado pela preponderância do culto à Deusa e enfoque do feminino acima do masculino nas muitas manifestações da vida: natureza, espiritualidade e humanidade.
  • Esta Tradição recebe o nome Nemorensis em honra à Diana e seus Sacerdotes chamados Rex Nemorensis. Um dos diferenciais da Tradição Diânica Nemorensis em relação aos outros caminhos Diânicos é o encorajamento e aceitação da iniciação pelas mãos de Sacerdotes de ambos os sexos, ao contrário das outras manifestações do Dianismo que concedem este direito exclusivamente às mulheres.
  • A Tradição Diânica Nemorensis é formada por Covens, Groves e Círculos mistos ou apenas de um sexo e seu Calendário Litúrgico baseia-se em 21 rituais anuais: 13 Esbats e 8 Sabbats. Nesta Tradição a Roda do Ano não reflete ciclo de nascimento, vida e morte do Deus Cornífero, mas os fluxos e refluxos da Deusa saindo e entrando de seu labirinto sagrado.
  • Uma das características marcantes da Tradição é o uso do canto e da dança como principal fonte geradora e canalizadora de poder durante os rituais. A maioria dos grupos pertencentes a Tradição Diânica Nemorensis estão centrados em São Paulo.

Obs. Vale ressaltar que a citada Tradição não tem ligação nenhuma de legado e linhagem com os Mistérios Sagrados do Culto de Diana no Lago Nemi, na região do Lácio, província de Roma, na fronteira com a Ariccia.

Outras Tradições wiccanas:

Magia Wicca encontra-se dividida entre princípios monoteístas, politeístas, panteístas e adeptos de tradições para quem apenas a Deusa é importante. É geralmente formada por uma tradição que é a forma de representar todo o conhecimento adquirido na Bruxaria ao longo do tempo.

Tradição 1734: É uma tradição britânica baseada nas idéias do poeta Robert Cochrane.

Tradicional Britânica: Uma tradição baseada na hierarquia. Os Rituais estão centrados na Tradição Céltica e Gardneriana

Wicca Céltica: Uma tradição centrada nos elementos e símbolos da natureza, como por exemplo, as fadas, as plantas. A maioria das bruxas verdes e seguidores do druidismo seguem este caminho.

Tradição Caledoniana: Esta tradição é baseada nos rituais dos escoceses.

Tradição Picta: É uma das manifestações da bruxaria tipicamente escocesa. Seus rituais são mágicos e não filosóficos.

Bruxaria Cerimonial: Usa a Magia cerimonial para atingir os propósitos mais altos e algumas vezes materiais. Segue os princípios da Magia Cabalística e Magia Egípcia.

Tradição Diânica: Algumas bruxas diânicas só cultuam a deusa, outras bruxas utilizam esta tradição para romper com laços patriarcais predominantes muito tempo na terra.

Tradição Georgina: Foi criada por George Patterson, auto-intitulado "Sumo Sacerdote Georgino". Essa tradição é eclética por ter uma gama enorme de rituais, como por exemplo, Celtas, Alexandrinos, Gardnerianos e tradicionais.

Ecletismo: São considerados ecléticos os bruxos que realizam vários rituais sem se prender a um único.

Tradição das Fadas: Teve origem entre os diversos povos europeus da Idade do Bronze que, ao migrarem para as colinas e altas montanhas por causa das guerras e invasões, ficaram conhecidos como Duendes ou Fadas. Existem hoje várias facções da Tradição das Fadas.

Tradição Gardneriana: Esta é a tradição que mais contribuiu para que bruxaria fosse difundida. Foi fundada por Gerald Gardner em 1950 na Inglaterra. Muitos rituais e trabalhos mágicos em numerosas tradições são originárias do trabalho de Gardner. O Gardnerianismo é uma tradição hierárquica onde a Sacerdotisa e o Sacerdote governam.

Tradição Hecatina: É uma tradição de Bruxos que buscam inspiração em Hécate e tentam resgatar o culto a esta Deusa.

Tradição Familiar ou Hereditária: Nesta tradição os bruxos são treinados por algum membro da família. Os Bruxos Hereditários ou Genéticos são pessoas que descendem de quem já tenha origem pagã.

Bruxa de Cozinha: Sua espiritualidade gira em torno do fogo e do lar.

Wicca Saxônica: Fundada em 1973 por Raymond Buckland, que era um Bruxo Gardneriano.

Tradição Teutônica ou Nórdica: Essa tradição é formada por pessoas que falam dialetos europeus como o norueguês e o inglês. Para realizar rituais, se inspiram em deuses originários das religiões onde se falam os dialetos germânicos.

Tradição Asatrú: Facção das tradições teutônica e nórdica. Praticada por aqueles que se inspiram nos rituais e na religiosidade escandinava.

Tradição Algard: Fundada pela americana Mary Nesnick iniciada nas Tradições Gardneriana e Alexandrina.

Bruxaria tradicional: Um Bruxo tradicional prefere o título de Bruxo a wiccaniano e define as duas filosofias como sendo diferentes. Um Bruxo tradicional se baseia na história e religiosidade de seu país para criar seus métodos.

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