sexta-feira, 4 de novembro de 2011


A ALQUIMIA


A palavra Alquimia vem do árabe "Al-Khemy" que significa "A Química". A ciência moderna considera a alquimia como a antecessora da ciência e principalmente da química.

O início do desenvolvimento oficial da Alquimia acontece depois do séc. III em Alexandria, por influências pitagóricas, platônico-estóicos, egípcias e orientais.

Os relatos mais antigos de alquimia se encontram na China por volta de 4000 a.C., através de pedaços de pedras com inscrições sobre tigres brancos e transformações da alma; no Egito, com o ocultista Hermes Trismegistus, que foi transformado no Deus Toth e escreveu seus tratados de alquimia, "A Tábua de Esmeralda", um pedaço relativamente pequeno, mas com linguagem muito complexa e altamente simbólica, onde no Hermetismo é a principal corrente ocultista. As leis herméticas ainda hoje podem ser comprovas e podem definir a atual astronomia e física.

Aquilo que a maioria pensa ser a alquimia, a ciência lendária de transformar metais inferiores em ouro, é apenas o papel secundário da alquimia. Os segredos da alquimia vêem de algo mais, digamos, filosófico e "autopsicológicos". A tentativa de descobrir o além da matéria, saber o que é aquela inteligência que penetra, transforma, evolui e interfere no meio da matéria, na natureza, e o que é aquilo que hoje os cientistas modernos entendem por anti-matéria, e a inteligência da natureza que Charles Darwin pregou, e que os bruxos celtas, xamãs, magos e outros já diziam e experimentavam há milhares de anos atrás.

Na alquimia, foram destacados grandes nomes, tais como: Paracelso, Fulcanelli, Saint Germain, além de outros.

A Alquimia tem objetivos bem específicos e três desses são:

1) Curar as enfermidades e rejuvenescer o corpo (Medicina Universal ou Elixir da Longa Vida)

2) Transmutar metais inferiores, como o chumbo e o mercúrio em ouro e prata

3) Transformar o homem decadente em um Deus.

A Alquimia inclui conceitos ocultistas, tântricos, filosóficos, físicos, matemáticos, visa fazer o homem encontrar sua evolução interior, o autoconhecimento e melhor compreensão do mundo que o cerca.

Muitos fatos históricos e descobertas se devem à Alquimia. É comprovado que os alquimistas foram os responsáveis pela descoberta de inúmeras fórmulas químicas, como a dos ácidos, e de evoluções na medicina.

A Alquimia traz a metáfora para prática e usa a prática para criar metáforas. Por exemplo, quando a procura da transformação é física e espiritual, transformar o cobre (a alma do homem decadente) em ouro (corpo solar), através do mercúrio. Até mesmo Jesus praticou Alquimia quando “transformou a água em "vinho".

O odor de enxofre era associado ao demônio na idade média, pelo catolicismo e, uma vez que os alquimistas usavam este elemento químico em seus experimentos, era muito fácil identificá-los e, por isso, eram constantemente humilhados em locais públicos.

Podemos dizer que a Alquimia é uma Arte, pois busca a essência, talvez por isso as referências a ela com o nome de "Ars Symbollica".

Apesar de a alquimia ser uma ciência abrangente, que inclui tanto a parte física como a filosófica e não física, é mais popularmente conhecida na transmutação de elementos.

Abaixo, os símbolos que representam os elementos utilizados pelos alquimistas. Existem variações na simbologia, conforme os segmentos, mas esses são os mais utilizados:


Devido ao efeito da metamorfose, seu símbolo é a Borboleta, mas também aparecem trabalhos de Alquimia com a figura do hermafrodita.

Quando falamos em transmutação, na verdade nos referimos à compreensão do que somos, ao entendimento da natureza, à busca da sabedoria, dos grandes conhecimentos, do caminho para a metamorfose interior, visando o crescimento individual da alma.

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